terça-feira, 30 de junho de 2015

Poderes

Um frio de dentro pra fora, de fora pra dentro. Que me cala, que me rasga; que me desobedece. Desassossego. Solidão. Brasão de frio e arpão. Eu quero a ti em mim. Agora. Não vá embora. Mas você nem está aqui.

Explode-me o coração na maior dignidade. O quanto mais se deve insistir? O quanto mais se deve esperar? Se for para silenciar, não me calo; me afasto. E digo de longe, em pensamento ou só para mim. Em voz alta para ver se o eco chega, se reverbera, te desperta. 

Não me responda. Pergunte. Para que eu possa dizer sim e não e porquês e não-sei-quês. Para que eu possa me dizer em palavras e desejos. Para que eu possa te agarrar em meus anseios e desfrutar de nós. Só por hoje. E por tantos dias mais a gente se quiser. Sem medo de absurdos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário