I wish tonight would be pleasant. I just
want to handle the dinner. The truth is I don’t want to struggle: all I really
want is “Antaño”. It’s all that I can care about right now, all that I
can handle, nothing more. Maybe he will be my partner tonight. After all, he’s
stylish, yummy and I hope he might me let relaxed, calm and a little bit
dazzled (or it would be dizzy?). It sounds like a fall, right? I wish. And even
if this night fails, I still have the wine. Cause the “Antaño” is mine. Cause
the “Antaño” is wine. And I don’t mind of getting dizzy. No matter what
happens, wine still sounds like a fall. Wine is like a crush and sometimes,
wine is the crush.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
domingo, 23 de novembro de 2014
Toque
O céu cai quando triste,
Deixa que se enuble quando quer se esconder
Nos alegra quando está radiante,
Deixa o sol aparecer.
O céu escurece quando quer dormir
Amanhece ao se renovar
Mostra as estrelas para nos contar
Que há muito mais com o que se encantar.
O céu muda de cor e humor
Nos rodeia e nos revela
O infinito que não se toca,
Mas que nos sabe tocar.
domingo, 13 de julho de 2014
Mira inversa
A raiva de vê-lo passar intacto por mim, pisando em nossos rastros, não é mais tanta raiva assim.
A culpa que embrulhei para lhe dar de presente como se fosse toda sua, fui eu que inventei.
Mas não me cabe lhe pedir desculpa.
sábado, 31 de maio de 2014
Rambla
Seu corpo é tão novo pra mim quanto sua boca na minha.
Meu anseio é tão seu quanto o doce que você mastiga.
A loucura deste devaneio é o que me fascina.
O real é tão sonho quanto o que passou.
A lembrança, tão presente quanto o que ficou.
O silêncio, tão ciente quanto o não dizer.
O poema, tão incerto quanto este querer.
A rima é tão rara quanto a contenção.
Paciência, tão falsa quanto a decisão.
Extravaso nas batidas do meu coração.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Armadilha
Abriu a porta e se deixou
libertar. Foi o que pensou. Mas não teve muita coragem de se afastar. Ficou por
perto, pois a qualquer ameaça entraria em seu casulo novamente e não deixaria
mais ninguém entrar. Por um tempo. E tão logo aconteceu, por mentira, equívoco
ou sem desculpas quaisquer; algo a machucou, ela ainda não sabe dizer o quê.
Saiu correndo para dentro, ignorou o sol, a brisa e a liberdade que poderia
achar em outro caminho. Preferiu entrar e fechar a porta atrás de si. Ficando
só, acompanhada da dor.
domingo, 20 de abril de 2014
Entre linhas
Sabia que aquilo tudo era digno.
Era bonito demais, na verdade. Demorou para aceitar que aquelas palavras e
marcas eram direcionadas para si. Agradece por dentro, as aceita com
dificuldade por não poder retribuir. A cada dia que passava re-descobria algo novo
que provava ser tudo aquilo para mais ninguém, mas para si. Não havia mais dúvida
diante de tantas pistas que surgidas e somadas ao longo do tempo tornaram-se
provas. De beleza, dedicação, fixação, talento, medo. Coragem de dizer aos sete
ventos, receio de olhar nos olhos e dizer diretamente a quem se endereça a
obra, a energia, a expectativa e em algum momento, até mesmo a frustração. Foi
tudo lido, é tudo lindo de verdade. E permanece, pois homenagem e apreço não se
paga, se recebe. Disse então sim porque sim, para tanto sentimento bom e bem
dito. Aceitou receber, mas não iludir o remetente. E desejou no mais íntimo de
seu aceite, que aquele remetente logo conseguisse remeter tanta beleza e
dignidade para outrem que lhe pudesse retribuir.
sábado, 12 de abril de 2014
O primeiro show a gente nunca esquece
Eu sei que eles sabem que é bom.
Vejo ainda a memória do prazer em seus corpos, cada qual em seu momento, em seu
ritmo de instrumentos diferentes que se uniam com olhares, acordes e batidas.
Pura química. E balança a cabeça num ritmo que não se repete, que se faz quando
a energia toma o corpo. Eu vi e eles não sabem como é isso; eles sabem sentir.
Gostam todos, os que veem e os que são vistos, de vouyerismo. A espontaneidade
daquela tocação de música dá tesão. Talvez eles não saibam, mas os vi nus;
foram se despindo aos poucos, relaxando, ousando, investindo, fazendo, gozando.
O recorte de seus rostos imersos em um não-sei-quê de êxtase me fez querer
tocar mais de perto você e toda aquela artística orgia. Eu gostei e queria
mais. Primitivamente. Era permitido, era evidente. Mas não escancarado. Era sexo
com público, pois em público já seria atentado ao pudor. Inteligentes
e talentosos, eles sabem gozar; se deixar ver e se deixar mostrar.
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Experimente ler ao som de Chasing Pirates, de Norah Jones, na versão remix: https://www.youtube.com/watch?v=ZnS4zft-Rls.
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