segunda-feira, 26 de maio de 2014

Armadilha

Abriu a porta e se deixou libertar. Foi o que pensou. Mas não teve muita coragem de se afastar. Ficou por perto, pois a qualquer ameaça entraria em seu casulo novamente e não deixaria mais ninguém entrar. Por um tempo. E tão logo aconteceu, por mentira, equívoco ou sem desculpas quaisquer; algo a machucou, ela ainda não sabe dizer o quê. Saiu correndo para dentro, ignorou o sol, a brisa e a liberdade que poderia achar em outro caminho. Preferiu entrar e fechar a porta atrás de si. Ficando só, acompanhada da dor.

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