Não espere que eu saiba o que escrevo, sinto ou vejo.
Sei apenas do receio do desejo
do seu beijo.
Não espere que eu deseje sem receio.
Se ajo é por não haver rodeio.
Não espere que eu não entre em desespero.
Com a calma vem o medo sorrateiro.
Não espere simplesmente que eu espere.
Paciência até o ponto que me fere.
Não espere, porém, que esse ponto se conserte.
Se houver ferida haverá o que não se reverte.
Não espere.
Venha, mesmo que demore.
E dure,
mesmo que devore.
Preguiça melhor é de comer e de esperar parado.
ResponderExcluirSeus finais ainda são surpreendentes para mim.,
Mesmo que devore! Tags? experimentações, ousadias! Nem acredito que dei logo de cara com o texto que tu declamou na sexta! Adorei sua apresentação no sarau, e o texto, excelente Paula!
ResponderExcluirEsperar atrasa o passo do primeiro beijo.
ResponderExcluirE dure,
ResponderExcluirmesmo que devore.
ficarei com estas palavras por um tempo. passei por aqui e não resisti,acabei lendo um monte de coisas!