Deslizava a sensação da sua mão sobre a minha. O que é pouco, perto de você ao redor de mim, dos seus braços dançando nas minhas costas, dos seus dedos dizendo olá à minha nuca.
Não espere que eu ponha em palavras o que me fez sentir naquela dança de duas músicas. Foi tudo de nós. Você mexeu em mim e comigo, sem dizer uma palavra sobre isso. E passou, registrando-se em minha vida, sem que tocássemos no nosso silêncio.
Eu não entendo e talvez não faça questão de tentar entender. Acho que estou percebendo que realmente não é isso que quero, pela primeira vez. Quem sabe tê-lo aqui já me bastasse. Mas não quero que me baste. Quero que me sinta como acho que foi capaz de me sentir naquele dia aparentemente afásico, em que nos faltou o que fosse, menos presença. Eu pude sentir você e sei que alguma coisa permanece, embora eu não saiba dizer o quê.
Confesso que não estou inspirada para grandes textos nem explicações. Estou é segurando as rédeas do meu corpo, para não descompassar o coração.
Você me desengrena, ainda que eu não saiba exatamente o que isso signifique.
Solte suas rédeas aos poucos. A parede é irrelevante.
ResponderExcluirMas não quero que me baste....foda!
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