O brega que você não nega nos conjuga.
E canto e suga e aperto e afaga e gosto.
Fato.
E o nosso tango briga,
Implora, às nossas pernas que o dancem, a grito.
A gente não nega:
O tango ainda não nos é talento.
Então a gente joga.
Você chega, me pega
E num aperto me enverga.
No estreito seu hálito me prega.
Suspensão de espírito infinito
Tão perto...
Um envolto, meu manto.
Agito, tilinto, sinto que derreto.
E você me carrega, hirto.
Seu peito me aconchega.
Te quero, te aperto.
Espreito e sei que te afeto.
Envolvimento que apega.
Percebo tartarugas na barriga.
Aquieto-as com o que está na adega.
Tinjo o que sinto com vinho tinto.
Se estou gaga escrevo a roxo sobre quem me importo.
Meu sentimento,
Se um dia foi assaz, agora é lauto.
Vejo-me embargar neste encanto.
Quase não me aguento.
E para confessar, busco no intangível meu alento:
Embora psicóloga,
De desrazão tenho meu momento.
Se esvai meu pensamento.
como esvaem os outros momentos, fim.
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Paula! Nem sei o que dizer. Estou já nas nuvens agora. Sua escrita é de uma delicadeza e uma força e uma... gente... nem sei mais. Continue, Paula, continue. Eu vou voltar sempre para ler.
ResponderExcluirSempre.
Beijos da colega comovida com todos esses versos e convicta de que concorda plenamente com os três últimos! =)