A verdade é nua e crua. Não
sabemos o que nos espera. Sabemos apenas que vamos nos boicotar em alguns
momentos, mas nem sempre o motivo nos será revelado. Somos mestres em não saber
a verdade, pois esta é cruel e inventada. Mas faz sentido quando queremos que
faça. É tudo armado, até o amor. É uma farsa, mas não perseguição. Estamos
inclusos e fazemos parte dessa repartição de loucura. É tudo ilusão. Mais real
impossível. Queremos fugir quando não sabemos mais como gostar do outro, quando
não dá mais para olhar e dizer a verdade, pois a verdade nesses momentos já não
o é mais. Não queremos mais olhar em outros olhos e enxergar nossas mentidas,
que vão nos ferir e aos outros. Queremos então esquecer, coletivamente, para
podermos novamente viver juntos, sem termos nos ferido e sequer nos conhecido.
É preciso seguir na masmorra, perder a respiração. Ser hipócrita e ferir. É
preciso sangrar seu coração. Escorrer pela ferida aberta a dor da ignorância. O
tempo às vezes é excesso; às vezes, desvario. Não sabemos mesmo o que falamos
quando dizemos. Achamos que vamos conseguir, mas a vida nos faz virar piada.
Não somos importantes a não ser para nós mesmos. Somos míopes e egoístas. Todos
nós. Quando não, é mentira. Máscara bem vestida; só que não. Sabemos que somos capazes
dos piores desejos e das maiores crueldades, mas ainda queremos acreditar que
somos bons. Somos todos facas capazes de rasgar o chão.
Enquanto lia esse texto me lembrei diretamente desta música de Cartola:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=L8U1Y9PBfig
"Queremos acreditar que somos bons" ou existem dogmas que fazem com que nos sintamos pessoas ruins?
ResponderExcluirO amor não é um contrato, muito menos uma obrigação. Quando está desgastado pode ser revitaliza, mas não há nada de errado em escolher se distanciar.