Tinha vinte e quatro velhos anos,
tatuagens inventadas e sinceridade sem promessas. Seus gestos buscavam moldar
afetos que mal cabiam em palavras. Ele era belo.
Tinha olhos curiosos, sorridentes
e muito mais. Verdadeiros demais para não desejarem algo. Olhos sem medo de
olhar.
Este moço gostoso desejava a vida
tanto quanto o cigarro e o álcool. Certamente. Bebia e fumava a vida para
intensificá-la. Morrer não era de suas escolhas primeiras, embora não negasse
ser a última escolha da própria vida.
Por vezes tropeçava nas palavras,
como nos primeiros passos, e seguia firme logo em seguida, com suas ideias
ferventes e articulações inspiradas, intensas, vívidas... vividas no presente a
cada segundo passado. Saltos, gaguejos... a vida brotando em cada poro de seu
corpo. Ávida, afobada para respirar a cada som saído daquela bem boca dita e
levemente delgada.
A angústia e o prazer de viver
eram claros; unidos numa pororoca afoita, não raro. O doce e o salgado servidos
no mesmo prato. Estrondoso, ele inda era moço e, desde o nome, tupi.
Já cruzei com alguns cavaleiros assim.
ResponderExcluirEba, até que enfim você voltou!
Também gostei de voltar, Mademoiselle. Posso ter ficado muito tempo calada, mas em nenhum momento desisti disso aqui. Até breve.
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