Depende?
Dê.
Depende?
Pende.
Dê pende?
Dê. Penda.
Dependa.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Minuto de Filosofia
Meu coração vibra na pétala daquela flor.
Ou seria a flor que vibra em meu peito?
Botão de rosa que bate pétala por pétala.
Coração que desabrocha.
Ou seria a flor que vibra em meu peito?
Botão de rosa que bate pétala por pétala.
Coração que desabrocha.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Espelho
Olheiras marcadas e sobrancelhas espalhadas. Ao redor dos olhos, a pele flácida, feito suas certezas, cansadas de titubear. Olhava para si e via que a morte assusta. A vida também. Lembrava das vidas pelas quais lutou e das dores que não mais se vão. Pensava em histórias pra contar. Ou calar. Já não sabia dizer quais lutas ainda valiam a pena. Sofria de saber.
Ali, em frente a si, olhava a lágrima pesada desabar a dor que a palavra não diz.
domingo, 16 de abril de 2017
De vidas e idas
Aquela emoção que não se deixa ser. Abafada, mofa. A fluidez congelada. A quase onda. A dor amorfa. Uma criança que chora por não saber falar. O choro não vem, porém. Essa dor espanta, arregala. No estômago, o soco do tempo e da repetição. Parece arranhão, que faz o disco soluçar; mas é mar. A vida que te puxa e devolve em outro lugar.
Meus olhos acessam você onde não está. Posso ver, mover, criar. Ouço. Sua voz flutua na espiral do meu desejo. Seu sorriso está comigo mas o sorrir é seu.
A pressão e a preciosidade. O tremor do temor. Queremos encher nossa colher de amor. E não só.
sexta-feira, 24 de março de 2017
Aquiles
É mais fácil chorar de dor de calcanhar. Dor de pé no chão. Ali posso me deixar mancar, falhar por motivos racionais.
Dor concreta é a do pisar. Do pesar. Uma dor de pele. Não consigo me tocar.
quarta-feira, 15 de março de 2017
Excitação Gramatical
Palavra espessa
Palavra expressa
Palavra presa
Palavra pressa
Palavra tesa
Palavra pesa
Palavra
testa
Palavra
Palavra expressa
Palavra presa
Palavra pressa
Palavra tesa
Palavra pesa
Palavra
testa
Palavra
domingo, 19 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Do que se deixa morrer
Cair dos corpos invisíveis. Pessoas. Andavam tropeçando na cegueira. O dia era tenso e a noite, muda. Alguns aceitavam qualquer alívio. Pode tudo sim. Pode pôr na parede, bater. Mata, mata, mata! Sorrisos e palmas cruéis. Tempos de guerra ou normais. A voz que pede paz é a do capataz.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Numa noite branda de verão
Ali, recostada em seus travesseiros, a vida parecia calma. Era de se acreditar.
Ali, parada, o pulsar da mente apertava o coração, naquela sensação estranha de se sentir existir. Sabia de cada batida no peito. E não queria saber tanto assim.
As palavras estavam cansadas. Há meses impedidas de se encantar, viraram dureza. Em parte. Porque palavra voa, é feita de vento e atrito. Até canto ela vira pra não desencantar.
Ali, parada, deixou-se ser e estar. E enquanto sentia coisas de se duvidar, as palavras vieram mansas, pelos poros lhe atravessaram, tocando-lhe o corpo e nomeando seus afetos. Feito vento que refresca a alma.
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