Entrei por sua porta cheia de charme. A gata espiou e você me beijou contido. Vi luzes, som e o amarelo. Taça, sofá e tesão. Arrancou-me o medo com beijos de dar susto. Pediu covardias de abrir o coração e revelou-me num retrato injusto. Decidiu que eu não cabia ali. E não disse nada. Passei de volta a porta azul-de-rebelde, para o além. Fora de mim, fora de ti. A pele inscrita. A noite não passou de um arranhão.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
domingo, 10 de abril de 2016
Foto-grafia
Moro no quarto, eles no segundo. Parece tudo igual. Mas até o mar muda, a cada metro, a cada lua. E as estrelas podem deixar de estar. O navio fica sem querer, quase por curiosidade. E como quem desmama, sai sem responder ou perguntar, antes de habitar. Navio não é mar, não vira paisagem. Da janela só vejo recortes. Deste alto lá, espio o correr e o caminhar. Cachorro late, homem grita, sino toca, onda bate, quarto andar.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
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