sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

0 K(illed)?

Desde que se forjou, num lugar sem
Onde, em mim completa, a me atravessar, tornou-se difícil
Responder, tanto à vida que tão cerca e distante resvala,
                     quanto à que não percebe matar meus desejos.


Ainda não sinto os pés no chão.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Do meu desespero

Dizem por aí que conhecer é poder. E nunca se pode impunemente, pois quanto mais se sabe, menos se escolhe por inconsciência. O conhecimento se estranha com os desarrazoados, justamente porque estes assim o são para suportar toda uma vida que se crê possível pautada exclusivamente pela razão. Uma vida contida e metida à sabichona; uma vida que quanto mais fala, mais some sem deixar vestígios (parafraseando Luis Antonio Baptista).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Do que quero

Dormir até mais tarde, tomar banho de chuva, gritar bem alto, pisar descalça no asfalto molhado.
Abrir a boca sem pensar, dizer o que penso sem ter de modular, deixar que o queixo caia ao vê-lo se afetar.
Sorrir com a lua, cantarolar na rua, dormir nua.
Gargalhar da vida, esquecer absurdos, falar a língua dos surdos.
Escrever um livro, dançar um punhado de ritmos, ver o seu umbigo.
Ganhar na loteria, comprar uma casa com piscina, ler revistinhas.
Ouvir seu silêncio, sentir seu alento, dar-lhe um beijinho de esquimó.
Conhecer o que der do mundo, interferir com tudo na vida, lançar-me de olhos fechados na brisa.
Comprar uma camisa distinta, ter a perna sempre lisinha, esquecer das estrias.
Comer porcaria, ir à tapiocaria, beber cappuccino.
Inventar receitas, fazer um filme, ser fluente em outras línguas.
Deliciar-me em chocolate sem culpa, ver filme com áudio original sem precisar de legenda, viajar para a Argentina.
Achar presentes espontaneamente, ter dinheiro para comprá-los, ganhar algum prêmio respeitado.
Ler jornais regularmente, me inteirar mais da política, exercer uma melhor cidadania.
Compartilhar a vida com quem amo, distribuir abraços adoidada, queimar gordura localizada.
Ficar bronzeada, passar um dia sem mão gelada, cantar com tudo o que posso.
Dormir na areia da praia, desfilar no carnaval carioca, ensinar um gringo a sambar.
Andar de patins e bicicleta, pular amarelinha e brincar de pique-pega, comer queijo e goiabada.

Eu quero é amor,
e mais horas no meu dia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eleições

Que arte de governar é essa que torna absolutamente normal e mais até, desejável, um discurso de candidatura com repressão e distribuição de renda na mesma frase?

Constantemente me pego sentindo nas entranhas o Brasil que estamos querendo e fazendo/deixando construir.