Quero aqueles que já tive mas nunca foram meus. Quero aqueles que ainda não quis, que não imaginei que quereria. Algo que vem sorrateiro. Assisto. Sorrio. Sem ninguém saber. Aproximo-me em terceira pessoa. Aquela ali não sou eu. É um desenho repetido de mim. Sei o que ela vai fazer e tento contê-la. Porque aquela ali não sou eu. É uma pulsação estranha que insiste em se hospedar aqui dentro e me levar a lugares perigosos. Mudam os nomes, os lugares, a história é a mesma. Tédio, prisão. O coração já não acredita mais. Tem medo de sentir, parece tudo igual. Parece mentira. Duvida.